segunda-feira, 31 de março de 2008

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a kely ki (key, ky, qui?) no programa do gordo: 'queria ser veterinária prá cuidar de animais de grande esportes'.
e a bridget de girls of playboy mansion vestindo a cachorra de coelha na páscoa: 'quando eu ponho roupa na minha cachorra ela fica cãotatônica .

porque hoje é segunda.


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frankly my dear I dont give a damn.



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sexta-feira, 28 de março de 2008

o michael e a máfia.



deve estar fazendo uns 3 anos quando eu e meu amigo, irmão, comparsa, sócio, companheiro, confidente andré juliani, enfim o primo, entramos em uma tarde vazia em um club vazio na rua augusta prá pedir pro dono deixar a gente fazer uma festa lá. como a gente nessa época já tinha essa mania de achar que fazemos parte de alguma organização criminosa, grupo terrorista ou sei lá o quê, a gente já tinha o nome do parangolé: máfia. de preferência a dos corleone mesmo porque somos desgraçadamente apaixonados pela saga do coppola e pela famiglia nada politicamente correta mas efusivamente unida dos pré sopranos, que a gente também ama. a paula e seus princípios sempre polêmicos e coração de ouro já tava dentro e agregamos o parente da ala soul pedrinho dubstrong e sua integridade indiscutível, decidimos que não íamos nos separar nunca e que acontecesse o que acontecer os 4 sempre iam acontecer juntos together. na inauguração o dom josé que gostou pouco da brincadeira comprou chapéu de mafioso prá todos os seguranças do vegas, vestiu os barmans de anos 30,40 e ainda fizemos toda a parentaiada vestir roupa de cassino prá entrar na festa. e assim tudo começou e continua uma vez por mês, quase sempre o último sábado, que eu sempre espero chegar ansiosa, visto minha melhor roupinha, preparo minha músicas mais lindas e entro de cabeça no fim de semana favorito do mês.
espero não esquecer de levar o filme do telão amanhã. qual vai dessa vez, o original, o 2 ou 3?

Máfia.
Sábado 29.03.08
23:30h
Djs, amigos e nada normais:
Ana Flávia
Dubstrong
Soul Culture aka DJ Andre Juliani
Paula

foda-se.



olha, não sou uma pessoa de horóscopo. até acredito que tenho algumas caraterísticas no que diz respeito a meu signo que por acaso é o mesmo do meu ascendente (deve ser por isso) e de vez em quando dou uma olhadinha no que diz o jornal incluindo o fato de que capricórnio fica ao lado dos meus quadrinhos preferidos garfield e níquel náusea mas realmente não acredito nessas coisas de tarô, cartomante e o diabo que mulheres costumam adorar. agora, francamente devia ser proibído a dona astróloga ou seu astrólogo profetizar tal destino em um jornal no mínimo respeitável:

capricórnio:
"redobre cuidados...suspenda ou adie viagens e inícios de cursos (!!!!)...o astral está esquisito prá você..."

calma aí! como assim? como alguém que pensa que adivinha o futuro pode escrever isso em um jornal? eu não tenho viagem marcada, além da própria viagem que é minha vida e nem curso marcado, apesar de quase ter começado a aprender a tocar aquele violino maldito que mora na última prateleira de disco do quarto do meio, mas e se tivesse? a pessoa que escreveu isso gostaria que eu adiasse tudo? mesmo que o curso do tal instrumento fosse na casa do vizinho?
e se fosse uma louca insegura que acredita nessas coisas e tivesse que pegar um avião de congonhas hoje ou estrada amanhã pro interior prá encontrar a família? cancelava tudo e ficava em casa até a chegada do jornal de amanhã aguardando segunda ordem? e se eu fosse sequestrada dentro do meu lar ou meu secador de cabelo explodisse e eu morresse queimada? minha família poderia te processar porque eu ouvi seu conselho e adiei os meus planos?
desculpa senhora ou senhor do horóscopo porque nem vou ler seu nome, mas vai tomar no cú ok.
isso não se faz.

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quinta-feira, 27 de março de 2008



porque sou sim da madrugada e o dinheiro da vaneci tá garantido.


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quarta-feira, 26 de março de 2008

não é o chelsea mas é hotel.



adriana e vivi manda eu obedeço e hoje tem essa festinha nova de rock delas com line up no mínimo divertido prá não dizer outras coisas ;-)

ROCKETS HOTEL CLUB
26 DE MARÇO - 4ª Feira
à partir de 00hs
ROCK'N'ROLL NEW WAVE 80'S
DJS
Marina Dias * Vic Terrorzinho * Ana Flavia
Alex Atala (D.O.M)
Focka
SHOW
THE GIFT * Tribute to Velvet Underground
Participação Especial : Yayá Pagh & Daniel Belleza (Corações em Fúria)
ORGANIZAÇÃO : Vivi Flaksbaum (On the Rocks)
HOSTESS : Vivi Rivabem
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HOTEL CLUB
Rua Mário Ferraz, 590 Jd. Paulistano
São Paulo - SP
Tel. 35711191



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terça-feira, 25 de março de 2008

beth, jim, david e nelson....

meu amigo cacá postou em seu blog o clipe novo da música nova do disco novo do portishead não porque ele gosta mas pelo contrário porque ele não gosta! eu achei ótimo quando ele falou que tem aflição da beth gibbons, que as músicas são chatas e que as pessoas não entendiam como ele pode não gostar de P.
eu acho lindo quando alguém discorda das unanimidades e vou me dar ao deslize de cair no chavão de parafrasear o nelson rodrigues na frase célebre que todo mundo conhece: " a unanimidade é burra" (não é bem assim nelson, mas não vou discutir isso agora porque tenho muitas coisa prá escrever nesse post ainda). semana passada em um clássico jantar com a bibi, o tibira e o juliani discutimos coisa parecida. o assunto era o jim jarmusch e como eu tava a fim de polemizar nesse dia soltei uma dessas frases em que sua boca age mais rápido que sua cabeça: -acho o jim jarmusch mais bonito do que talentoso- o que não é muito verdade porque além de ser lindo o diretor é talentoso sim, mas eu estava só querendo citar coffe and cigarettes e broken flowers, 2 obras dele que acho realmente chatas mas que 99,99% das pessoas que eu respeito consideram 'primas', incluindo meus amados til e andré cuja amizade eu quase perdi quando depois dessa pérola sobre o jim eu solto: - e também não gosto de coração selvagem (wild at heart) - do david linch que É definitivamente um dos filmes favoritos desses dois marinheiros, românticos e loucos que são. mas simplesmente não gosto, nunca assisti até o fim sem pular umas partes e definitivamente prefiro o homem elefante. ( e david linch é outra unanimidade no mundo dos freaks mas conheço pessoas extremamentes inteligentes que odeiam ele e provam por A + B seus truques para enganar telespectadores que adoram gostar dele mesmo sem entender absolutamente nada dos seus filmes.....adoro quando alguém não gosta do david linch. eu gosto de alguns filmes mas outros acho realmente idiotas). voltando ao nosso jantar com meus 2 melhores amigos que nessa hora já contabilizavam 1 copo de gin puro, 1 caipirinha e algumas cervejas, é engraçado porque nós sempre gostamos da mesma coisa, dos mesmos filmes e dividimos a mesma opinião prá tudo quero dizer, agora, quase tudo. nesse dia a gente ainda ia beber uns uísques na casa do conde, ouvir o bob (que meu amigo andré não gostava mas que tá até começando a gostar de tanto que a gente tá fazendo ele ouvir ultimamente), concordar que revolver é o álbum mais legal dos beatles, discordar sobre outras coisas, planejar algumas mortes e acabar comendo uma pizza com café e suco verde (que eu odiei mas que todo mundo gostou) na padoca as 6 da manhã.
ah, e quanto a portishead discordo do cacá porque sou menina e tinha 20 e poucos anos na década de 90 e qualquer menina com com uns neurônios a mais na cabeça, pouco juízo e algum espírito de aventura na década de 90 ouvia portishead. eu tinha um golzinho branco com o banco do passageiro arrebentado porque andava com o gordo prá cima e prá baixo, a lataria toda cagada, a carroceria desmanchando e que eu acabei vendendo por 3000 reais prá pagar algum aluguel. no toca fita véio desse gol que rodou mais do que do que viatura policial perseguindo bandido em filme americano, tocou tanto o álbum dummy que as vezes eu achava que a beth gibbons era eu mesma própria e encarnada a cada vez que os versos de glory box ecoavam no alto falante tosco e meio quebrado do meu carrinho.."Give me a reason to love you....give me a reason to beeeee a women..."
e como 50 mil blogs já postaram o disco novo do P que confesso ainda não ouvi desde que decidi que música boa prá mim hoje é música velha tirando poucas e boas exceções, é claro que eu vou postar o dummy, uma das trilhas sonoras da minha vidinha quando eu tinha o cabelo igual ao da elis regina, não saía do matrix, era groupie da nação (zumbi), fazia aula de francês e achava que era a dona do mundo.
toma:

DUMMY-PORTISHEAD (via rapid share)

1. Mysterons
2. Sour Times
4. It Could Be Sweet
3. Strangers
5. Wandering Star
6. It's A Fire
7. Numb
8. Roads
9. Pedestal
10. Biscuit
11. Glory Box





segunda-feira, 24 de março de 2008

sobre café e cigarros...



depois de uma crise de gastrite monstra no sábado me mandaram parar com o café. mas como tal proeza será deveras impossível vou tentar parar com o uísque.

ELLE apagou a sarah key.






eu amei que fotografaram minha roupinha anos 90 (tudo ju&si) no dia do desfile da neon e saiu na ELLE em uma matéria de cintura alta.
eu não tinha reparado, mas minha irmã sim, apagaram a tatuagem da perna :-) que provavelmente de longe parecia um 'borrão' segundo descrição de um amigo das antigas.

sábado, 22 de março de 2008

Benim Adım Kırmızı (meu nome é vermelho)



534 páginas. 19 narradores diferentes. 59 capítulos. 3 assassinatos. século XVI. nobel de literatura 2006.
era prá mim impossível falar de "meu nome é vermelho" de orhan pamuk sem começar por tais números. não que sua estória seja sobre eles. mas eles precisavam ser citados.
livro difícil esse. o escritor, turco que deu área da turquia há um tempo prá viver em nova york e lecionar em columbia tem uma história de vida parecida com a de uma pessoa que eu amo e por isso a leitura ficou ainda mais instigante prá mim. mas não menos complicada. confesso que algumas vezes me perdi no meio da transoxânia tentando entender as mil e uma lendas que ele conta dos anos 1000 por exemplo e me acostumando com nomes como: khurasan, husret nusret, nedret, hodja, keykavus, akbar, inkhans, djalairidas, ismet-i-dunya, baysungur, etc. mas é isso que esse pamuk quer. ele leva você de 1700 prá 1200 em um parágrafo e quando você pensa que não vai mais conseguir voltar prá trama central da estória ele te põe de cara com o assassino, faz você conversar com ele sem saber quem ele é e ainda te deixa feliz por ter aprendido contos do sultão que casou com a princesa presa na torre depois de derrotar o exército inimigo, destruir seu palácio, se apoderar dos espíritos maus e empalar a cidade inteira. mas calma , não é disso que se trata o livro. o buraco é mais em baixo. a princesa não é bem uma princesa, o bem e o mal se confundem a todo momento, os personagens são todos ambíguos porque são todos seres humanos com mais defeitos do que qualidades, a realidade nua e crua de uma cidade como istambul no fim do século XVI é jogada na sua cara em forma de cheiros, comidas, texturas, barulhos, um inverno cruel, gente fanática, gente pobre, gente podre, gente triste, gente gananciosa, gente conformada mas nunca gente feliz. no livro do orhan ninguém é assim tão feliz. todo mundo tá ocupado tentando sobreviver e passar ileso sobre toda essa loucura de estar vivendo em um mundo preso ao passado com medo de gostar das coisas do futuro. é a eterna briga do oriente com o ocidente. por séculos pintores, miniaturistas ou iluminadores turcos foram obrigados a pintar sua história sem fugir do padrão da pintura oriental. os rostos são sempre iguais, a proporção é sempre a mesma, o animais não podem ser maiores do que as pessoas, as árvores não podem estar em primeiro plano e ter um estilo é uma afronta a alá. se você é um artista e quer fazer um retrato da sua amada ele tem que ser igual ao de uma chinesa que são iguais a todas as outras. não existe a individualidade. é proibído. de repente um sultão influenciado pela arte ocidental de cidades como veneza encomenda um livro sagrado e secreto a um dos maiores mestres da sua geração onde essa tradição podia ser esquecida e seus artistas estavam liberados a viajar nas formas, no conteúdo, nos rostos, nas cores, no vermelho...ah esse vermelho...que mágico. é um capítulo a parte. mas só 1 mesmo. ele fala com você. ele conta o que ele sente. ele te dá uma aula. e daí pro fim e aliás que fim espetacular, espere intrigas, inveja, mortes incríveis, um romance estranho, olhos furados e muito sangue.
e foi como disse o turco que me deu o livro de presente- descobrir o assassino é o que menos importa nessa estória toda.


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quinta-feira, 20 de março de 2008

sobre dinheiro e sacolinhas....


sou uma pessoa de nome sujo. sujo não, imundo mesmo. sou grata a meu caráter que não deve ser dos piores já que amigos ainda tenho porque se dependesse de nome na praça prá sobreviver já estaria morta há alguns anos ou melhor há uns 20 anos...não me lembro a primeira vez que meu nome foi pro pau, na verdade não me lembro nem da última. mas sei que foram muitas. já limpei várias também. sempre acabo arranjando algum dinheiro que somado com juros de 200 % consigo fazer acordo aqui acordo acolá, buscando cheque por aí, passando por uns 5 cartórios, 2 no centro, 1 na turiassú, 2 na puta que o paril, pegando carta de idoneidade (oi?) em embu, correndo atráz da tia da benedito, visitando financeira na praça da árvore, tomando café com gerente do banco e fazendo charme pra negociar o saldo negativo...ai sei lá, é sempre essa saga. a saga do nome limpo. o sonho de ver meu cpf fora do spc. ver o spc longe do meu cpf. ser uma pessoa normal sabe? como minha irmã por exemplo, um legítimo exemplar da burguesia com crédito aprovado até na concessionária do fim do mundo. não, pensando bem, prefiro continuar sendo esse legítimo exemplar da tosquice com crédito aprovado em todas as boates da cidade. e o pior que não sou essa pessoa consumista como muitos amigos meus que são doentes. eles tem aquela nóia da sacolinha. ele jamais voltam prá casa em qualquer dia da semana sem uma sacolinha em baixo do braço, pode ser o que for, um sabonete, um livro véio do sebo, uma caneta tinteiro mas tem que haver A tal sacolinha. meu problema é com dinheiro mesmo. gasto tudo o que tenho em 2 dias e passo os outros 28 do mês com 7 reais. ou então invento de distribuir um dinheiro que não tenho porque acho que tenho mas na verdade só tenho porque esqueci de pagar alguma conta. é por isso que não posso ter cartão de crédito nem talão de cheque. até parece. por que a próxima vez que eu conseguir limpar de novo meu lindo nome sabe-se lá daqui quantas décadas eu vou ganhar de novo essas varinhas mágicas de condão do capitalismo e vou me fuder mais uma vez. e assim os anos vão se passando. e minha vida também. sem guardar nem 1 centavo por mês e devendo umas dezenas de instituições financeiras espalhadas pela cidade. mas é o que eu sempre digo: "gente , eu devo grandes corporações por exemplo, mas jamais devo a um amigo". pago cruzeiro por cruzeiro que me emprestam e devolvo tudo que peço emprestado. estou sempre me gabando de que sou a única da "família" que devolve as coisas. porque olha o que desaparece de coisa minha por aí, vou te falar. só meu nome sujo que não desaparece nunca mesmo.

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quarta-feira, 19 de março de 2008

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' a cor das flores e o adocicado das frutas escondem o amargo das raízes. '


...raul de leoni. poeta e diplomata brasileiro.


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ida, volta!

a ida feldman é outro post atrasado meu. além de ser uma pessoa que gosto muito e vejo pouco ela escreveu um ótimo texto no dia das muié. tem um monte de amiga lá, algumas amapoas famosas e acho que nenhuma inimiga porque a ida só gosta de gente boa. tem também o banheiro da ida que não é dela mas de outras pessoas porque o dela já virou curta há muito tempo. aqui tem o meu.


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bonitinhas, ordinárias e um pouco desgraçadas.





esse post deveria ser postado na semana passada mas estive um pouco lenta esses dias.
tudo porque a juventude hollywoodiana compareceu em peso na nossa última festa "bonitinhas mas ordinárias". a kate foi e grudou na marcelle, a amy foi mas ficou pouco, o michael até que tava tranquilão esse dia, a paris bombou claro, britney deu trabalho...o cacá que levou todo mundo, aliás.

e o fábio motta que é uma pessoa que eu amo e fotografa muito tem ótimas fotos desse dia e também de outros dias como algumas quintas na torre por exemplo (!)... aguardem trabalho bombástico do mesmo.

o flicker do fábio


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terça-feira, 18 de março de 2008

what a hell i'm doing here.


confusão. indecisão. emoção. non movies. amigos. non food. olhe de novo. encontre as coordenadas. siga as instruções. a ópera acontecendo e gente sendo assassinada nos bastidores. o corsa vai. o corsa vem. non money. pressão. confusão. indecisão. emoção.



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sexta-feira, 14 de março de 2008

pilooooooooski.




em outubro de 2004 eu estava no meio de umas 40 pessoas de todo mundo entre elas 30 só de djs, produtores e músicos em roma em uma edição da red bull music academy. são 15 dias com tudo pago assistindo palestras de gente como alexander robotnik ou michael mayer, trancados dentro de estúdio, enfiando a cara em programas de computador que eu nunca tinha visto, mixando o dia todo e bebendo prá caralho. é um pouco difícil pra pessoas tímidas e de inglês macarrônico como o meu, principalmente no 3 primeiros dias e quando você descobre que de todas as meninas que você conheceu nenhuma foi muito com a sua cara. o primeiro amigo que fiz nessa viagem foi um francês de toulose que se chamava cedric. eu e meu amigo formávamos a "ala" dos loucos junto com a turma do leste europeu e todos os países de 3º mundo. éramos mais engraçados que os ingleses, os canadenses e americanos que dormiam cedo todos os dias prá não perder a aula do meio dia. bom, eu e o cedric, ou pilooski, como é conhecido provavelmente perdemos todas essas aulas do meio dia e se fomos em alguma chegamos no final. a gente simplesmente saía todas as noites e bebia até cair. estávamos em roma, tínhamos acabado de fazer 30 anos, era verão, a gente estava tocando em clubes, a gente era tratado como artista de cinema e não tínhamos nada a perder. pilooski estava já trilhando sua carreira de produtor promissor e de personalidade musical única. não tem quem não goste de suas músicas ou seus edits. fogem completamente do lugar comum e são de uma elegância que une o retrô e o moderno daquele jeito que faz a gente lembrar coisas boas da vida. bom, continuando...como sem dúvida fomos as pessoas que mais se divertiram em 2004, os caras da red bull levaram a gente juntos para tocar no sonar em barcelona em 2006. de novo, tudo pago e 5 dias de boemia no calor de 40° europeus. a gente simplesmente não acreditava. então em 2007 trouxemos ele pra tocar na nossa festa máfia no vegas. ele tinha acabado de estourar com "beggin", um edit da música dos anos 60 de frankie vally and the four seasons. ele contou que um dia chegando em londres, os caras da warner estavam esperando ele com um disco de ouro na mão por "beggin". ele quis morrer, deve ter feito aquela cara de francês que vira pro lado e assopra o ar com um bico e simplesmente esqueceu o disco de ouro em um bar qualquer. o povo da gravadora ficou puto e ele disse que era grande prá levar no avião (?). hoje tá pendurado no banheiro da casa dele.
tudo isso prá falar que a gente convidou prá ele voltar prá máfia esse ano, mas sua agenda está incompatível com a nossa. a sua rotina desde uns anos prá cá está mais ou menos assim: quinta bruxelas, sexta amsterdam, sábado istambul e domingo são paulo. cansativo? ué, não preciso nem repetir a frase da nô de novo né? paris é uma festa....e a vida é uma só. então ele toca amanhã na avesso também no vegas depois de passar a sexta no rio, no 69 prá quem quiser ouvir música de verdade e não loops eletrônicos que não nos dizem nada. conheça o d-i-r-t-y e você vai saber do que estou falando.
e o mais legal dessa vida mesmo é ver ela passar prá poder reencontrar pessoas que moram longe de você mas que são seus amigos de verdade. não importa quanto tempo e distância isso signifique.

quinta-feira, 13 de março de 2008

rockfellas.

rock & roll and naked women falling down the stairs!



terça-feira, 11 de março de 2008

sobre jornalistas chatos.


escuta, você é jornalista e vai entrevistar o interpol ou alguém da banda e a primeira pergunta que você faz é : " o que vocês acham sobre a comparação constante de vocês com o joy division?" calma, não, você não perguntou isso pela milionésima vez pros caras! de todas, repito, TODAS as matérias, notas, entrevistas, conversas que eu li sobre o interpol no brasil só se falou nessa porra dessa influência do joy division. francamente, esses meninos além de lindos devem ser realmente educados porque eu já teria mandado um tomar no cú há tempos. eu cheguei a ler coisas do tipo: " se o joy division não tivesse existido o interpol nunca teria existido" (!!!) como assim? quem é você, mero jornalista? como você pode saber? se o JD não tivesse existido o I teria existido sim. porque não? o que vocês sugerem? que o paul banks faça uma cirurgia nas cordas vocais e afine sua voz prá que não se pareça mais com a do ian curtis? ah, façam me o favor! vão pesquisar coisas mais interessantes para se falar com uma banda do que influências que TODO O MUNDO já sabe sobre, right. depois o povo reclama que eles são chatos ou arrogantes. é lógico. na minha opinião, jornalismo tem a ver com criatividade, não? então, por favor, pergunte como foi sua infância, não o que eles pensam sobre terem vindo da mesma cena dos strokes e das yeah yeahs yeahs....sorry, dêem um google. eles já falaram 50.000 vezes que nem conhecem os caras dos strokes. apareceram na mesma época, só isso. é igual a glória maria sem noção perguntando pro fred mercury se ele não se preocupava com seu show ter uma temática gay. oi? olha pessoas, não é fácil tocar um instrumento, montar uma banda, escrever letras, dar a cara pra bater em shows e gravar discos. daí vem neguinho e põe no jornal:"os críticos disseram que seu último álbum tá uma bosta, o que vocês pensam disto?" pera lá! quem é você pra me dizer isto? vai aprender a tocar um instrumento e depois volta pra falar comigo, certo. era o que diria se você um deles. não é a melhor banda do mundo, mas qual é a melhor banda do mundo? cada que goste da banda que quiser. da banda que te emocione. que te passe alguma coisa. foda-se se eles parecem o joy division. eles tocam bem. eles são gatos. as letras são boas. as canções são densas. eu ponho bem alto prá lavar louça e fazer faxina em casa. tem gente que toca eles 5 vezes na mesma noite quando tá discotecando na boate. eu já acho exagero, mas tudo bem. eu vou no show de vestido verde. não vou de terno, nem de preto. vou meio rock a billy até. é isso. mas por favor, parem de falar que os caras são o joy division. se esforcem um pouco mais.


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segunda-feira, 10 de março de 2008

uma triste estória kamikaze ou o casamento mais triste de todos os tempos.


em uma dessas longas madrugadas grudada no controle remoto, no chocolate e nos bichos em cima da cama conheci uma triste estória de amor e de guerra. me lembro sempre de uma frase pichada na porta da garagem de uma casa abandonada na avenida por onde meu ônibus passava todos os dias voltando da escola e que jamais vou esquecer. ela já foi apagada faz tempo e a casa não é mais abandonada, por isso hoje ela vira o título desse pequeno conto:

"a guerra é uma invenção dos velhos loucos para a destruição dos jovens apaixonados"

kamikazes fazem parte do imaginário de qualquer pessoa que saiba o mínimo sobre essa história desgraçada que os seres humanos tem escrito até agora. fazem parte da tradição romântica que une o amor, a morte, a coragem e o heroísmo que renderam tantos relatos melancólicos da 2ª guerra. em 1944 um menino de 18 anos conheceu bem o que essas 4 palavras significam. quem contou essa tragédia foi a irmã mais nova dele, uma senhora japonesa maravilhosa com lágrimas nos olhos de dor e mágoa típicos daqueles que já viveram situações extremas de guerra, ainda viva depois de 64 anos. não lembro nomes. mas lembro das fotos. lembro dos seus rostos tristes e com medo. ele estava bonito no seu uniforme de piloto da força aérea do exército japonês segurando uma arma na mão em frente ao pequeno avião que o levaria a morte em algumas horas. ele fingia coragem mas seu coração chorava. um pouco antes da missão suicída em que ele daria a vida pelo seu país e mataria um bocado de homens do exército inimigo ele conheceu uma moça. ela era tão linda que parecia uma pintura de pôster de cosmético dos anos 40 com aquelas meninas de olhos puxados, flores no cabelo e seus kimonos divinos de sonho. ele se apaixonou imediatamente. todo mundo aqui sabe a intensidade da primeira paixão na vida da gente. ele a pediu em casamento. ela não podia recusar. porque ela também se apaixonou. não precisava nem a família obrigá-la por questão de honra e devotismo. mesmo sabendo que no dia do casamento ele não estaria mais aqui. e esse dia que deveria ser o dia mais feliz da sua vida foi uma bizarra cerimônia onde ela se tornaria noiva e viúva ao mesmo tempo. o retrato amarelado e mórbido de uma família destroçada pela sua nação. a mocinha linda de sonhos destruídos posa de vestido de noiva com o retrato do marido no colo enquanto ele explodia seu caça em um navio de guerra americano matando a si próprio pela pátria (como assim??)e mais de cem marinheiros que estavam a bordo. sua missão foi considerada um sucesso. a ela sobraram as medalhas e uma lembrança cruel. a irmã conta que o pai chorou durante todo a culto macabro. ele casava o filho morto. ela nunca tinha visto o pai chorar assim. dizem que a noivinha nunca mais se casou de novo. e que sua beleza a acompanhou por toda a vida.


*dedicado ao andré juliani.


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sexta-feira, 7 de março de 2008

rolês.



amigos, este fim de semana está me parecendo bem agradável e tomo a liberdade de lhes informar do que vai acontecer caso você esteja á procura de alguma coisa legal prá fazer sexta e sábado. se você é viciado, obcecado ou louco por cinema, como eu, já na sexta a noite um programa perfeito. ir pro espaço unibanco na augusta e passar a madrugada inteira assistindo filmes franceses, seguidos, sendo a 1º sessão meia noite (maravilhoso) e a última lá pelas 4hs. você pode escolher entre 6 filmes como 'oito mulheres' de françois ozon, por exemplo. você pode assistir só 1 e 2 se quiser. nos intervalos das exibições eu vou estar discotecando músicas francesas de todas as épocas e gêneros. achei classe. quem organiza é o francês paulista mais charmoso do pedaço, meu amigo benjamin. e chama francofolia. é porque carnaval francês só mesmo dentro de um cinema ou de uma livraria. :-) muito bom.
sábado tem no glória nossa festa bonitinhas mas ordinárias sempre animada e engraçada. e como adoramos datas comemorativas vamos celebrar a nós mesmas, mulheres! com uma programação linda. o roque abre, já um clássico, depois tem eu, a marina e a adriana rechi discotecando juntas. faz tempo que isso não acontece então imagine esse set e espere de tudo. calma, ainda tem a michael love, outro clássico e convidada especialíssima e a glau termina em grande estilo. mais o dani zanardi e suas imagens pitorescas. animou? então respira, porque é aniversário do minhoca! e da valerinha, kerstin e ale. . uau!

quinta-feira, 6 de março de 2008

things have changed

bob eu te vi muito de longe
mas eu fechava o olho
e sua voz muito rouca como nunca
entrava nos meu ouvidos
como se você tivesse cantando só pra mim
uma voz carcomida, vivida, estranha, sensual
que não falou uma palavra
só cantou
como se você cantasse não querendo cantar
só recitar esse versos filhos da puta que você escreve
como você decora tanta música?
você tocou sua guitarra 3 vezes
e suas costas começaram a doer
você tá tocando desde 1960
você vai pro piano
e mesmo no piano você joga seu ombro pro lado
assim de repente
como você fazia com 21 anos
você ficou de pé
e as vezes cruzava a perna esquerda pra traz da direita
em um dos únicos gestos que faz me lembrar que você é mortal
como nós
quando eu invadi a primeira fila e grudei no palco
eu tive certeza que você olhou pra mim e riu
e eu vi bem seus olhos azuis de perto
e seu cabelo curly agora cinza
por debaixo daquele chapéu de reverendo que você usou
você tava muito classe
aquele palitó um número maior com a camisa fechada por baixo
como você adora
e sua calça larga e esguia
você é magro
seu rosto é triste
você tava cagando prá aquelas pessoas
nada te provocava sequer uma expressão que não fosse desdém
você não falou uma palavra que não fosse verso
você sequer apresentou a banda
que com você arrebentou meu coração na hora de 'things have changed'
2 meninas invadiram o palco pra chegar perto de você
fiquei com inveja
queria fazer também
e me ajoelhar na sua frente
não sei porque tamanha admiração
é incondicional
e sua voz rouca
como nunca.

segunda-feira, 3 de março de 2008

"when the deal goes down"

semana bob dylan.
essa eu dedico aos meus amigos românticos que nunca desistem do amor. que já se fuderam nessa vida por causa dele. mas que permanecem acreditando. acreditando na scarlett da vida deles.
é de modern times. o último gravado. o do show. o que nós vamos.


"Tomorrow keeps turning around
We live and we die, we know not why
But I'll be with you when the deal goes down"



dylan eu te amo.
porquê você rima sixty one com sun.

põe right com night.
sky
com cry.

e eu?
rimo o die com o vai.
...

3.



jogar na sena. perder o recibo. ver o resultado. achar que ganhou. procurar o recibo por dias. encontrá-lo. perdê-lo de novo. procurá-lo. achá-lo. acertar alguns números. dois. o concurso tá errado. esquece. continue tentando. preserve o 3. o 3 sempre te dá sorte. não, te dá azar. pensando bem, te dá sorte. você tá sempre em 3. desde pequena. tinha a luciana e a eneida da cajaiba. depois a ju e a carol do ofélia. você é a do meio entre dois filhos. teve a alessandra e o professor do tênis. a alessandra e a juliana do 3º. o dú e o lú da serra. você, o dean e o brando. a marina e a adriana. o crepúsculo da manhã e o da tarde. a normanda e o minhoca. (que virou 4 depois). o ozzy e a justine. a bibi e a simone. o ahmad e o cedric. continue no 3. comece sempre pelo 3. acredite no 3. e não esquece de conferir o concurso.




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