quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Prateleiras.



A Normanda é a pessoa que eu mais amo no mundo. Ponto. Não vou mentir e nunca foi segredo pra ninguém.
A gente é assim, meio alma gêmea. A gente se completa. A gente tem um chão quando se encontra de baixo do mesmo céu. A gente sabe pra quem olhar quando tá de baixo do mesmo teto. A gente se perde quando se acha. E sempre foi assim, desde nosso primeiro encontro no banco da galeria. Nunca mais nos desgrudamos. E depois fala que não existe amor a primeira vista. Eu que o diga.
As vezes ela sai a francesa. Eu, nunca. E vira e mexe, me vejo por aí, perguntando por ela.
É como se soubessemos bem lá no fundo que vamos estar juntos no final de tudo.
Talvez seja essa coisa cinema, livro, teatro, televisão e música que nos une. Ou a noite. Ou Cidinhas, Andys e Deans da vida. Tem também os franceses. Tem Garrel. Tem Piaf.
E quando a gente tá junto, sempre acontece alguma coisa. É como se acontecesse justamente por isso, porque daí tudo fica mais fácil de resolver. Como ontem quando eu te levava pra trabalhar e acabou a bateria do carro. Era meia noite e o carro não dava partida. Meia noite era o horario de começar seu trabalho. Não havia dinheiro, não havia caixa eletrônico e o carro tinha pifado. A gente correu pra lá e pra cá pra conseguir um meio de te levar pro club, ligou pro Minhoca, voltou pro apartamento, correu pela Duque de Caxias com o Ozzy no colo e finalmente nos separamos ali, na esquina da São João quando você entrou dentro daquele taxi que nem sabia onde era o Memorial. De novo a noite. Ela, que nos une e nos separa.
E o que eu mais amo de morar no centro é que você vem mais na minha casa. Sempre repara quando eu mudo um móvel de lugar ou instalo uma nova prateleira. E pergunta sobre os eletrodomésticos.
Ultimamente demos de brigar. Briguinha boba, de bêbado. Igual quando a gente brigou por causa do microfone na casa da Japa e eu te busquei em frente ao Conjunto Nacional em baixo de chuva na Paulista.
E entre uma boate, uma cerveja na Roosevelt e um filme italiano de domingo a gente vai discutindo sobre o filho do Monjardim que vai interpretar o próprio Monjardim na mini série da Maysa e sonhando com nossa portinha servindo o prato do dia.

...

7 comentários:

lowproflavia disse...

e eu aqui lendo meu próprio post publicado quando vc me liga, peste, falando que amanha depois daquele teste vc vem pra casa com uma mudinha de roupa pra passar o fim de semana.

Superbacana Djs disse...

ai que lindo isso Flavia
fiquei emo!

luiz henrique disse...

chorando e rindo!
te amo!

Anônimo disse...

Ana Flavia, você não me conhece, mas eu descobri seu blog, bom pra falar a real eu não lembro como. Rs.
Mas vou te explicar rapidamente, sou Designer Gráfico, trabalho atualmente em uma agência de publicade, e estou montando junto com 2 amigos uma revista de Arte/Noite/Moda e Cultura Urbana, pros jovens paulistanos que não estão tendo informações realmente úteis.
Bom se você se interessar por isso e me dar uma entrevista eu ficaria eternamente grato, afinal é muito caro fazer uma revista e ainda nessa primeira edição está saindo do bolso do editor chefe, pois estamos sem anunciantes.
Se puder me passar email ou msn, eu te explico melhor!
Um beijo e obrigado desde já.
Thiago.

PHONOBASE disse...

Olá Flavia,
Sou da Phonobase Music Services, empresa que lançou o disco “Pareço Moderno” do Cérebro Eletrônico. Tudo bem? Seguinte: vamos disponibilizar somente em blogs amigos um EP Virtual com 8 músicas (3 do disco, 1 ao vivo e 3 remixes) e queria saber se voc6e tem interesse. Se topar, me avise pelo blog@phonobase.com aí te passo o link, capa, encarte, etc. Valeu! Abraços.

lowproflavia disse...

oi thiago f,
me deixa seu email, amigo.
bjs.

Anônimo disse...

Eba, meu e-mail é thiago@awica.com.br !
Sabado fui no Vegas pra me apresentar mas cheguei tarde, você ja tinha vazado uma das gemeas falou.

Espero seu e-mail.

Grato.

Thiago.