segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Pastiche

Falando de "pastiche" com meu amor dia desses. Ele me perguntou se eu sabia o que era, respondi que achava que era literatura de segunda categoria.  Não deixa de ser, mas antes disso "pastiche" é : "... definido como obra literária ou artística em que se imita grosseiramente o estilo de outros escritores, pintores, músicos, etc. O pastiche pode ser plágio, por isso tem sentido pejorativo, ou é uma recorrência a um gênero..." (wiki).
O meu amor vai começar a traduzir um livro "pastiche" inglês para o turco. Entre nossa conversa de 70 minutos no telefone a gente falou disso e de muitas outras coisas que um casal que mora muito longe fala quando ta com  muitas saudades. Eu tenho tanta saudade dele que eu até agrido as vezes. Fico com ódio de estarmos longe. De não passarmos juntos essa noite pra outra década. Nem o aniversário dele de  29 anos nem o meu de 36. To começando a me preocupar com essa diferença de idade. Acho que a gente precisa ir logo pro Canada morar em casas separadas porque precisamos ficar sozinhos. (risos)
Tarde dessas quando eu finalmente fui buscar meu telefone depois de 1 ano no conserto (não consegui pegá-lo) eu resolvi passar no cinema e assistir um filme assim sem compromisso e sem saber a sinopse nem a hora da sessão. E não sei se porque a gente aqui do centro tem assistido todos os filmes piratas antes de entrar no cinema mas em 10 filmes não tinha nenhum que eu quisesse ver. Passei e fui pra manicure no salão novo da Augusta, o Retrô.
Ontem assistimos  A Deriva, do Heitor Dalhia. Tudo no filme é derivado de alguma coisa. (o Gui ja meio que avisou antes da gente começar). Pra quem é cinéfilo, é um exercício de adivinhar de onde vem cada cena, cada clichê. O filme não é ruim e pra quem tem 30 e poucos anos e passou férias na praia nos anos 80 a produção te pega pelas roupinhas e pela mobilete da atriz de 15 anos. Mas não sei do que menos gostei: do Vincent Cassel que conseguiu ficar pedante com seu português péssimo e entonação completamente errada (francês falando português definitivamente perde sua hombridade e seu charme), da Débora Bloch fazendo a amarga com cara de européia anos 00 e não anos 80 e que definitivamente não colou, da música do Yann Tiersen, mas que NÃO É do Yann Tiersen ou da Camila Belle que ficou com cara de tranceira de Trancoso. A Deriva é uma imitação  bem feita de muitos filmes, mas provavelmente foi Respiro que o diretor assistiu  muitas vezes. E definitivamente o resultado ficou um belo dum "pastiche" . Gostei mais de Atividade Paranormal (um "pastiche" da Bruxa de Blair) que a gente viu antes e que até deu um medinho.


Respiro, o filme que À Deriva gostaria de ter sido, mas não conseguiu, porque ninguém vai conseguir:



...

preciso assistir o Cheiro do Ralo agora. Sim, estou atrasada, como sempre.

2 comentários:

Thiago disse...

to gostando de ler!

tava muito promoter frá...

nois

cap disse...

mmm, adoro pastiche de feira com queijinho!