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Então que eu me lembro daquela frase no msn do meu amor me mandando ler um livro em vez de ler blogs. Eu me irritei porque ele tava certo. E então comecei a biografia da Leila Diniz de Joaquim Ferreira dos Santos que a Normanda me deu no Natal e eu só tinha sentido o cheirinho das páginas que eu tanto gosto de cafungar nos livros. A Leila foi uma mulher maravilhosa que morreu cedo demais. Viveu menos do que eu já vivi e com quatorze anos já sabia mais do que sei. Tem mulher que é assim e eu vivo cercada delas. Dessas fortes e intensas que inebriam qualquer ambiente quando chegam e fazem todo mundo olhar pra elas mesmo que a intenção seja se passarem despercebidas. O biógrafo conta no livro que o Domingos de Oliveira, diretor de Todas as Mulheres do Mundo (o filme que lançou a Leila como símbolo da liberdade feminina dos anos 60 no Brasil) e um dos seus grandes e primeiros amores definiu assim nossa musa:
"" No início dos anos 60 havia uma espécie de ácido lisérgico feito de pingo. Vinha num papel poroso, um pingo em cada quadrado. Diziam que era perigoso tomar ácido de pingo, porque a mão que deixasse cair o pingo podia tremer e pingar duas gotas. Pois eu acho que Deus jogou duas gotas de pingo na vida de Leila. A característica básica dela era a vitalidade. Uma resistência física brutal."
É impossível ler tais sábias palavras e não pensar em alguma mulher que você conheça e que seja exatamente assim. Eu pensei na Nega. Confesso. Na hora. Na lata. A Nega é duas gotas. As irmãs Dias também são. A Marcelle... Quanto a Leila eu ainda to na página 82 e já tô curada. ;-)
E assim termina esse post.
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