domingo, 6 de junho de 2010

at least I will always have my clementine.



minha vida é riscar meus sonhos realizados. eu vou realizando e ticando. eu lembro deles estranhos e bizarros. como ser filha do roberto carlos ou o do silvio santos quando eu era criança. esse eu nunca consegui realizar mas não me frustrei por isso. outro sonho que eu tinha por muitos anos era o de ficar em coma em um hospital vendo as pessoas me visitarem e chorarem por mim e eu lá mórbida. esse também nunca realizei e espero não realizar nunca. tinha aqueles de conhecer o ator de cinema americano como quando eu realmente acreditei que eu pudesse conhecer o ethan hawk depois que ele filmou sociedade dos poetas mortos. hoje ele virou um ator meio idiota mas o adolescente tímido e sensível do filme me arrebatou a alma e o coração por alguns anos da minha juventude careta e louca pra atravessar a fita crepe. com sonhos tão estúpidos assim eu jamais seria uma pessoa normal mesmo. e tem sempre o sonho dos eletrônicos. eu preciso sempre de alguma coisa eletrônica cara que parece impossível eu conseguir e quando eu consigo eu perco, destruo ou estrago por mau uso. eu sou a campeã do mau uso das coisas. eu sempre preciso de uma câmera fotográfica, ou uma technics, um novo computador, uma caixa de som e um aparelho de ouvir cd. e um celular. eu sempre preciso de um celular. e teve a época que meu único sonho era acordar e não ter dívidas ou nenhum cheque pra cobrir. por incrível que pareça esse sonho eu consegui realizar. eu agora meti dois sonhos na minha cabeça que parecem completamente insanos. mas eles estão aí. dormindo e acordando comigo todos os dias e noites. o que eu gosto neles é que são maduros. são lúdicos mas não iverossímeis. são bonitos até. tem cor, sabor e final feliz. eles me perseguem sem me torturar. talvez esses sonhos saibam que vão se desaprisionar um dia e e ganhar o mundo. sair de dentro da minha cabeça dopada de analgésicos. mas por enquanto eles vão ficar por aqui mesmo. aqui dentro dela. e esses eu ainda não posso contar. eu tenho vergonha. posso não ter muito juizo, mas vergonha tenho de monte.


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"he told he was bad but I know that he was sad "

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Um comentário:

Anônimo disse...

O único problema é quando deixamos de sonhar. A vida corre num cotidiano tão prático, comum e "auto-explicativo" que você nem percebe mas está no piloto automático, anestesiado demais pra perceber a vida passar.
E aí então os sonhos, loucos, sem nexo, realistas, surrealistas de repente!!!
Ahn?! Sonho? Onde?
Sonho todo dia pra que isso não aconteça mais.

@FRED_VIANA