sábado, 29 de maio de 2010

exercício.

fazem cinco dias que estou trabalhando dentro de uma buati todas as noites. e minha vida tem sido mais ou menos assim nos últimos meses. nunca estive tão na noite como agora. se estou gostando? sim. mas as vezes fico realmente querendo sumir. o negócio é que eu parei de escrever coisas que eu amo e ocupo meus dias fazendo releases. parei de tirar fotos. parei de molhar as plantas. que é como escrever pra mim. eu sei que eu tenho que fazer . que se eu não ir até a cozinha e encher a chaleira de água, subir no banquinho e molhar  a samambaia, ela vai morrer. e que se eu não sentar na frente do computador e escrever algumas linhas por dia, alguma coisa também  vai morrer. e não vai ser a planta. e então eu levanto, engulo fumaça, bebo, passo maquiagem, cintura alta, meia calça preta e pego um taxi . porque agora eu ando de taxi apesar de ainda não concluir se o taxi esta me falindo ou se realmente é muito mais seguro eu deixar meu carro dormindo em uma garagem e só indicar o caminho pro motorista. E assim eu pego esse  elevador e  atravesso pelos olhos desse porteiro todas as noites, evangélico que trabalha ha trinta anos nesse edifício "familiar" e que pensa que eu sou puta. e de novo o caminho da minha vida pra um desconhecido da líder taxi. e assim tem se passado meus últimos meses. pelo menos de dia eu ando a pé. eu não entendo pessoas que não andam a pé. que pegam o carro pra se movimentar dentro do próprio bairro. e eu descanso esse sabado a noite depois de uma sexta feira cazuza no rio. e daqui a dois dias tudo recomeça. e isso não é uma reclamação. agora são dez da noite de domingo e as 5 da manhã eu me dirijo até o aeroporto de guarulhos pra buscar meu amigo cedric. e eu não sei se eu durmo ou se compro um vinho do porto. ou apenas continuo por aqui. e isso não é uma reclamação. é uma desculpa. as usual.
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semana que vem. semana pilooski.


















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Um comentário:

cap disse...

isso mesmo, as vezes é muito facil deixar as coisas vivas, só umas gotas d'água ou umas palavras bastam. pois a morte é triste e irreversível. amei esse texto. as usual.