"a vida é uma causa perdida"

quinta feira de noite. adriana recchi .morumbi. coquetel. jardins. adriana fica. vivi flaks vem . carniceria. gisa, alê e companhia. vegas. cambada de mulher. discoteco com o china. vivi vai embora. chego em casa sexta as 6 da manhã. 7 da manhã eu levo o carro pra minha irmã do outro lado da barão de limeira. pego a barão de volta a pé. tomo um pingado na padoca e vou pra cama finalmente dormir. sexta de tarde acordo. a nega chegou. passei no rodrigo. fui a pé até a augusta pela amaral gurgel. deixo um dinheiro na portaria da marrom. pego chuva na consolação e chego no carniceria. minhas amigas me esperam na melhor mesa junto com um engradado de disco de vinil do tibira e um monte de boneco vintage. não poderia haver recepção melhor pra esta que lhes escreve depois de um hiato de dias um pouquinho tristes. 7 horas da noite. o bar ainda ta fechado. cachinhos chega . tibiriça chega com os bolsos cheios de papel sulfite dobrado em cinco partes com milhões de projetos escritos com caneta bic, convites, dinheiros, chaves, celular e romaneios. como cabe tanta coisa no bolso da calça jeans de um homem? trinta cervejas, algumas coxinhas e calabresinhas e o antigo açougue abre suas portas para o público. gastamos 100. e ficamos sem nada. caminho de volta pro bixiga pelo caminho por cima que a bibi ama, mas que nunca vai quando esta sozinha por causa do escadão da 9 de julho. exatamente onde essa foto foi tirada.


é verdade bibi, pode ser perigoso. mas dizem que gente nunca sente medo de nada quando ta do lado dos amigos. chegamos na rua rocha por cima e o velho bixiga aguardava a gente simples, calmo e com música de boteco. eu gosto de ir no prédio da bibi porque sempre tem um apartamento pra alugar vazio, a gente sempre entra pra ver e nunca tem luz. e eu sempre sonho que eu vou mudar pra lá. na sala dela. caixas, caixas, cabides, sacos plasticos, araras, vestidos de brechós, óculos antigos, brincos lindos, artigos de papelaria que lembravam nossa infância. instalação da cortina de retalho colorida da brasilandia na cozinha. comida árabe da geladeira .brigadeiro de colher na cama. estávamos falando sem parar ha umas 5 horas. marrom ligou e reclamou do dinheiro. bibi dorme primeiro. simone segunda. última, eu. van helsing na tv mata frankenstein. sábado. a doninha da casa é a primeira a acordar pra trabalhar as 8. a vai- vai acorda a comunidade as 11 da manhã com samba e pagode. simone desiste de morar na rua rocha. eu, não. 5 metros de roupas dobradas uma a uma em cima da cadeira depois, caminho da roça. eu e si. 14 bis, avanhandava e roosevelt. eu, com meu blazer de linho bege e gola trabalhada ainda com etiqueta que vai me acompanhar até domingo e que eu catei do guarda roupa da amiga. si, linda, loira e com o nike mais lindo que eu ja vi na minha vida. café da manhã na casa roosevelt é uma delícia porque é praticamente um encontro, e sempre tem visita. tava a kika, o lu, o ju, jornal, revista, computador cigarro e mesa redonda. simone pos um vestido preto. ônibus até o brechó. renata bastos e a thalma de freitas. baú do tibira. cachinhos tinha deixado tudo lindo, bibi voltou do trabalho com cara feliz de quem fez o que devia e não devia . almoço. PF na lanchonete do lado da banca que os meninos fizeram grafite. carniceria de novo. china almoçando strogonoffe com o tibira. frank chega. passeio de galaxy com o conde drácula até o pacaembú. encontro de karmann gia. só tinha 3. (diz que o da vivi era rosa quando ela era a muher mais gostosa da cidade nos anos 80 segundo relatos). ah, em algum lugar da cidade rolava uma maratona esportiva. um stop em casa pra pegar umas mudinhas de roupa e escova de dente. ver justine e fuço, estão OK. o galaxy espera na porta. fim de tarde. augusta. cerveja e coxinha no carniceria. é parece que a gente ta dormindo la esses dias.facundo tava. pessoas novas. nega e minhoca passam. de noite tem despedida da nega nervous indo pra berlim e adjacências. casa da si de nuevo.bibi pega um taxi na esquina enquanto a gente observa do outro lado da rua. tomo banho na casa que nunca para. o povo faz máscara de argila. kika arruma a roupa pra apresentação na cantho as 7:30 da manhã. meia noite o minhoca passa pra me pegar na esquina da augusta com o gui, a nega e a normanda. rua dos ingleses. festa da hanna. fila na porta. gente. cigarro.cerveja. rampa do lado de fora. normanda. normanda. normanda. cacá. caio chega! nilsão. cantamos, cantamos, cantamos. cantamos na sacada como se não houvesse amanhã. marcinho ja tava. nega aparecia de vez em quando sempre com um uísquinho na mão e um verso na ponta da língua. normanda fala no meu ouvido: -a vida é uma causa perdida. a gente pensa sobre e volta a cantar. tenho certeza que a polícia veio por nossa causa. mas essa hora, a gente ja tava dançando carnaval na pista de dança. o gui lembrou daquela canção da aurora. camilinha chega tarde. eles vão pra serra da cantareira. antes a gente passa na barão. eu aproveito a carona. a nega pega a mochila dela, a nô sobe com a gente. eu fico. eles todos vão.
segunda feira chega. e com ela, a adriana recchi, o taxi, o bom retiro.

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