domingo, 13 de setembro de 2009

É por isso.



Descobrimos coisas sobre nós mesmos todos os dias. E quanto mais choro mais feliz fico depois. Não feliz de felicidade, feliz de aliviada. Feliz de saber que nem tudo está perdido. Ontem fiz um dos programas que mais adoro fazer sábado a noite desde que me livrei do fardo de ter que dividir apartamento com alguém há uns cinco anos atrás. Sair pra comer um salgado de carne com pimenta e café expresso na padaria da Barão, ir na Wander Vídeo alugar um filme novo e um de catálago e aproveitar pra levar o Ozzy dar uma voltinha. Ontem o Ozzy não foi porque ele ta passando um tempo na casa da minha mãe. Eu me senti como se alguma coisa tivesse faltando na minha mão. As vezes me sinto vazia sem a coleira do cachorro na minha mão direita. É por isso que cães são a melhor companhia do homem. Porque fazem você não ser tão sozinho quando você quer ser sozinho.
Aluguei 3 ótimas fitas. O Equilibrista, que a Marina super recomendou e eu sei que vou amar mas não vi ainda e She's lovelly (no Brasil Loucos de Amor) do Nick e do John Cassavets, um dos meus filmes preferidos e que eu quis muito rever ontem porque tem na minha opinião 2 dos melhores personagens masculinos do cinema interpretados por Sean Penn e John Travolta disputando o amor da Robin Wright Penn (ouvi dizer que hoje ela não é mais senhora Penn). È aquele filme que você ama todos os diálogos, todas as situações absurdas, todos os personagens, porra, tem o Harry Dean Stanton e o James Gandolfini...foda e eu tinha esquecido disto. Por isso que eu amo rever um filme preferido.
E agora, a polêmica deste post. Eu e meu namorado concordamos muito sobre cinema. Concordamos que o melhor filme dos irmãos Coen é Big Lebowski e que Sobre Café e Cigarros é muito chato e não passa de uma unanimidade em acharem que Jarmush é o cara mais cool do planeta entao qualquer merda que ele filmar todo mundo paga pau. Bom, meu amor, vamos provavelmente ter nossa primeira discussão sobre cinema. Você odiou Gran Torino com todas suas forças da decepção. Eu amei, chorei, me emocionei como costumo fazer um em bom filme do Clint Eastwood. É por isso que música ou filme é que nem o amor. O amor é aquela música cafona que você sabe a letra inteira e nunca cantou pra ninguém. O amor é aquele filme que você odiou e que todos os seus amigos acharam uma obra prima. O amor é como um Gran Torino marrom de 1972 que pode significar tudo pra você e passar despercebido pro vizinho. O amor tem essas coisas pequenas que fazem toda a diferença. O amor acorda junto com você depois do sexo e jamais faz perguntas demais. É por isso.




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estou indo pra casa da minha mãe.
de ônibus. de domingo.
de mp3 ouvindo bill fay.
vou ver o ozzy e tentar comprar um livro que quero no sebo com o que restou do meu cachê da semana passada.
gosto de me sentir assim.
livre e nem por isso, melhor.

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Um comentário:

cap disse...

não sei que parte me deixou mais arrepiado, os cliches na casa dos asiaticos ou quando ele rosnou... :)

mas estou curioso para ver os outros dois filmes.