sábado, 15 de novembro de 2008

estar na moda.



a última semana foi insana;
como tem sido todas as últimas desta que se chama ana,
e daquela que se chama adriana.
começou com um fim de semana sem dormir
trabalhando em casa sem ter como sair.
reunião no domingo em uma fábrica
no meio de roupa, modelo e mágica,
pra mostrar a trilha produzida na madrugada
com a amiga enjaulada.
a patroa diz que gostou como ficou,
mas mudou tudo depois.
e como só mais de uma labuta
pra uma mulher se viver como quer,
as horas do dia
não são suficientes
pra tudo que se prometeu pra essa gente.
música que vem do computador
e entra no ouvido sem dor.
um ensaio geral confuso
e volta os ponteiros do fuso.
uma boate no começo do fim
uma irmã que chega de berlim.
uma data adiada
um alívio no meio da estrada.
um erro
dois acertos.
fecha o olho algumas horas
nem sonha direito-
e já acorda.
ruma pra longe
a indústria é o horizonte;
oi como vai bom dia?
não há tempo pra epifanias.
aperta o play pra ela
o show começa na passarela.
da costureira á estilista
o mundo dança na pista;
o vinho, a champagne, a segurança
a luz se apaga...
o povo vai embora da firma
e fica a lembrança:
do pobre,
do rico,
do louco
e dos incríveis,
dos que vão sem nunca terem ido
e dos que vão sorrindo.
caindo,
causando....
mas rindo.

tô com fome, já nem sei mais o que falo,
tudo o que eu queria era ir pro campo
andar de cavalo.



:-)

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